11 August 2009

Política de Verdade

Parece que a Manuela Ferreira Leite deu um tombo quase tão ruidoso como aquele em que falava da suspensão da democracia ( que neste caso ia dar muito jeito quer para calar todos os chatos do seu partido e os parvos dos jornalistas que não param de falar no preto). O resultado desse tombo é que a senhora ficou toda engessada e já pouco poderá fazer nesta campanha eleitoral.
As coisas nem sempre correram bem à senhora, que já tinha tido alguns pequenos trambolhões devido a alguma falta de jeito - estou a ser simpático com a velha - para a política. Apesar disso a determinada altura até parecia que a tartaruga podia ganhar a lebre, com a sua política de verdade. Eis se não quando a senhora tropeça num preto ( há muito pouco tempo tinha acontecido o mesmo com uns ucranianos, o que faz parecer que ela tem algumas dificuldades em lidar com minorias ) e caí com imenso estrondo.
Então não é que o preto tinha sido apanhado numa conversa telefónica com uns amigos empreiteiros a agradecer uma mala cheia de notas. Claro que como ali se pratica uma política de verdade ele logo arranjou uma avença de serviços de advocacia para justificar o dinheiro. A avença tinha era data posterior ao dinheiro - sempre a chatice dos formalismos. Os mesmos formalismos que o perseguiam por supostamente ter falsificado a assinatura da mulher numa declaração de IRS. Mas como ali sempre se fala verdade, quem não deve não teme, e quando a judiciária o chamou para uma perícia para saber se havia falsificação ou não, o senhor apareceu com a mão e braço engessado. O gesso tinha sido colocado pelo cunhado - nós sempre que vamos a um hospital encontramos conhecidos - para tratar de um edema ( a ordem dos médicos diz que isso é um absurdo, mas não deve estar a par destas novas técnicas, como a que ainda agora foi utilizada no santa maria para tratar problemas nos olhos ).
Perante isto eu só consigo ver estas eleições como uma daquelas quermesses onde podemos comprar umas rifas, mas daquelas que estão sempre premiadas. Se tiramos a rifa rosa sai-nos uma encomenda que "arranjou" um curso, incinerou uns dossiers incómodos acerca da cova da beira e é "amigo" de uns investidores ingleses. Se tiramos a rifa laranja ganhamos uns engessados. Nem me apetece tirar nenhuma rifa.