23 July 2008

In Justiça

Vivemos num país que não para de nos surpreender. No momento presente temos um lunático a comandar a ordem dos advogados que ataca os juízes e o modo como é feita a justiça, de uma forma pouco ortodoxa, mas que não deixa nalguns pontos de ter razões de ser.
Os juízes e a justiça, quais vacas sagradas da nossa sociedade, mostram uma total incapacidade de auto critica ou mesmo de uma pequena assunção de erro, como se não fossem eles humanos e como tal sujeitos a ele.
No entanto não são essas farpas patéticas lançados pelo lunático marinho que mais a atingem, mas as noticias que diariamente vão saindo na comunicação social, qual àgua mole em pedra dura que, mais dia menos dia, vai furar o dique da justiça. Nesta ùltima semana tivemos dois casos muito simples mas que provam bem o que vos digo. No final da semana um tribunal de Gondomar condena o major Valentim Loureiro - por crimes de abuso de poder e prevaricação - a uns poucos meses de pena suspensa. Hoje vem nos jornais que um conhecido relações publicas da noite do Porto - Bernardo Macambira - vai cumprir 4 meses de prisão efectiva por ter sido apreendido, há alguns anos, um CD pirata numa discoteca pela qual era responsável.
Estranha hierarquia de valores. Bizarra coerência. Fiquem avisados todos os donos de discotecas do país, podem continuar a fazer todo o tipo de vigarices possíveis que não vão sofrer nada por isso. Tenham só cuidado com os cds que o vosso DJ utiliza. Por via das dúvidas mais vale ir a FNAC!